Ter limites bem definidos entre a vida profissional e pessoal é fundamental para não sofrer com o desgaste mental.
No ritmo acelerado de hoje, onde trabalho e vida pessoal se misturam cada vez mais, surge o perfil do workaholic, um tipo de pessoa que ultrapassa a dedicação comum e demonstra uma verdadeira compulsão pelo trabalho. Esse tipo de comportamento vai além de apenas passar longas horas na empresa; o workaholic leva o trabalho para casa, quase como se não houvesse divisão entre o que é profissional e o que é pessoal. Abaixo, você verá os principais sinais que indicam que alguém pode ser um workaholic.
Dedicação excessiva de tempo ao trabalho
Um dos sinais mais evidentes de um comportamento workaholic é o tempo excessivo que a pessoa dedica ao trabalho. Esse padrão se manifesta quando o tempo dedicado às atividades profissionais ultrapassa limites saudáveis e invade o que deveria ser reservado para outras áreas da vida.
Muitas vezes, os workaholics continuam mergulhados em suas atividades mesmo após o horário oficial, prolongando sua jornada de forma exagerada. Frequentemente, esses indivíduos são vistos respondendo a e-mails até tarde da noite, trabalhando nos finais de semana ou sacrificando feriados em prol das tarefas profissionais. A ideia de desconectar-se completamente do trabalho pode parecer estranha, e, em alguns casos, assustadora.
Foco excessivo no trabalho, mesmo fora do expediente
A obsessão pelo trabalho é complexa e pode aparecer de várias maneiras no cotidiano de uma pessoa. Para muitos, essa obsessão se traduz em pensamentos frequentes sobre o trabalho, mesmo quando estão longe do ambiente profissional.
Por exemplo, um workaholic pode ter o hábito de verificar e-mails, mensagens ou pendências durante o tempo livre, incapaz de resistir ao impulso de dar “apenas uma olhadinha” na caixa de entrada. Esse tipo de comportamento gera uma inquietação constante e uma sensação de desconforto quando não estão trabalhando. Isso significa que o tempo que poderia ser dedicado ao descanso acaba sendo consumido por uma ansiedade constante e relacionada ao trabalho, criando um ciclo de preocupação e estresse que não tem fim.
Colocar o trabalho acima de tudo
Priorizar o trabalho a ponto de sacrificar todas as outras áreas da vida é um dos sintomas do comportamento workaholic, no qual as barreiras entre o profissional e o pessoal se tornam completamente borradas. Nesse caso, o trabalho se torna uma prioridade tão forte que qualquer outro compromisso fica em segundo plano.
Pessoas que apresentam esse padrão costumam cancelar compromissos pessoais e encontros sociais de última hora por causa de exigências profissionais que surgem de forma inesperada. Além disso, é comum que recusem convites para eventos familiares ou atividades de lazer, porque sentem que não podem se dar ao luxo de interromper o ritmo do trabalho.
Dificuldade em relaxar e desligar-se do trabalho
Para muitos workaholics, a ideia de relaxar soa estranha ou até desconfortável, pois estão acostumados a uma rotina intensa de produtividade. Por isso, sentem-se inquietos ou culpados quando tentam relaxar e tirar um tempo para si.
Essa dificuldade para relaxar muitas vezes provoca uma tensão física constante, que impede esses indivíduos de realmente descansar, mesmo quando estão em um ambiente que favorece o repouso. Assim, a sensação de estresse se torna quase permanente.
Perfeccionismo acima do normal
Outro sintoma frequente é o perfeccionismo extremo. Workaholics têm uma busca incessante pela perfeição, que acaba sendo fonte de estresse e frustração. Para eles, qualquer coisa que não atinja os padrões mais altos é vista como insuficiente, o que os leva a investir um tempo e esforço desproporcionais em cada detalhe.
Esse perfeccionismo pode ser observado no hábito de revisar repetidamente o próprio trabalho, mesmo depois de finalizado, sempre na expectativa de encontrar algum erro. Esse padrão de comportamento também pode levar a um ciclo de procrastinação e autocrítica intensa. O medo de cometer erros ou de não atingir as expectativas elevadas pode causar uma espécie de paralisia, impedindo a pessoa de avançar em seus projetos ou de assumir novos desafios.
Consequências prejudiciais à saúde e aos relacionamentos
Por fim, o impacto negativo na saúde e nas relações pessoais é uma consequência direta desse comportamento. Esse impacto não afeta apenas o indivíduo workaholic, mas também aqueles ao seu redor.
Em termos de saúde, o estresse constante e prolongado decorrente do excesso de trabalho pode gerar uma série de problemas físicos e mentais, desde dores de cabeça e tensão muscular até condições mais sérias, como hipertensão e transtornos de ansiedade. O corpo humano não é feito para funcionar em um estado de pressão constante. Quando submetido a altos níveis de estresse por longos períodos, o sistema nervoso acaba sobrecarregado, o que pode levar a várias complicações.
Se você se identificou com vários desses sinais, talvez seja hora de reconsiderar seu equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Buscar ajuda para encontrar esse equilíbrio é essencial para uma vida mais saudável e satisfatória. Além disso, técnicas como o mindfulness podem ser aliadas no caminho para um bem-estar mental duradouro.